A Polícia Federal (PF) do Paraná realizou uma operação nessa quarta (03) para obter mais informações, buscando identificar os responsáveis por roubar mais de R$ 6,5 milhões da prefeitura de Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais.
O crime aconteceu em 2020, por meio de invasão de dispositivos da internet. A PF acredita que o crime, um furto qualificado mediante fraude cibernética, tenha sido realizado por uma organização criminosa chamada Private Key. A operação foi realizada em Brasília(DF), Águas Lindas de Goiás(GO), e Santa Luzia(MG).
Conforme a investigação, os criminosos usaram de um site falso para roubar informações de identificação (“Phishing”). Por meio do site, induziram um servidor da Prefeitura de Telêmaco Borba a fornecer suas informações de login e senha, que foram posteriormente usadas para acessar o sistema da conta do município paranaense.
Com acesso às contas governamentais, os criminosos clonaram o perfil do servidor no WhatsApp e entraram em contato com o gerente da Caixa Econômica Federal responsável pelas contas, autorizando transferências para empresas de fachada como se fossem fornecedoras da prefeitura.
Após furtar o dinheiro, os criminosos o dividiram entre várias contas bancárias em nome de laranjas, e então o converteram em criptomoedas. O uso de múltiplas camadas de contas e das carteiras de criptomoedas dificultou o trabalho de rastrear os recursos.
A polícia identificou pelo menos quatro camadas de beneficiários dos valores, incluindo integrantes da organização que adquiriram bens de luxo e realizaram viagens caras.
Em nota, a prefeitura de Telêmaco Borba falou sobre a operação. Além de agradecer o trabalho da PF, o município informou que conseguiu recuperar o dinheiro furtado. Na íntegra:
“A Prefeitura Municipal de Telêmaco Borba informa que o fato ocorreu há quase quatro anos, no dia 28 de abril de 2020, quando houve uma invasão ao sistema “Gov Conta” da Caixa Econômica Federal, onde foram desviados R$ 6.576.275,28. A Caixa Econômica Federal reconheceu a fraude e restituiu o valor integral no dia 30 de junho de 2020, sem causar prejuízos para o município.
Quanto ao processo e investigações, ele segue em andamento. Caso haja valores de restituição, serão realizados para a Caixa Econômica Federal.”
Imagem: Polícia Federal do Paraná
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